
"Reforma no processo educacional: o primeiro passo para a inclusão
digital"
A inclusão digital que vem sendo praticada, hoje no país, tem abordado, em sua maioria,
apenas a necessidade de fazer com que o cidadão aprenda a usar as tecnologias com o objetivo de
inseri-lo no mercado de trabalho, mas que não garantem a construção do conhecimento com
apropriação crítica da tecnologia, que venha a provocar mudança comportamental no indivíduo e em seu grupo social.
E como acesso não significa apenas conexão física e acesso ao hardware, ou melhor, não é o
acesso à tecnologia que promoverá a inclusão, mas sim a forma como essa tecnologia vai atender às necessidades da sociedade e comunidades locais, com uma apropriação crítica, pois o papel mais importante do processo de inclusão digital deve ser a sua utilidade social. É preciso pensar nacontribuição para um desenvolvimento contínuo e sustentável, com a melhoria da qualidade do padrão de vida da população, através da redução das desigualdades sociais e econômicas.
A uso correto, com utilidade social, passa pela questão da informação para a cidadania, que visa a criação de conteúdos de utilidade pública como seguridade, saúde e educação, cuja disponibilidade facilitará a interação entre o cidadão e o Estado, com efeitos impactantes na
qualidade do serviço prestado e conseqüente melhoria na qualidade de vida.
mediadas pela tecnologia.
As ações para inclusão digital, além dos cursos de alfabetização digital, devem ser desenvolvidas objetivos, entre eles, promover a competência da informação, que deve começar na escola fundamental, o que amplia a oportunidade aos jovens brasileiros de se tornarem cidadãos incluídos na sociedade da informação; serviços voltados a cidadania através de portais eletrônicos governamentais e desenvolvimento de conteúdos locais trazendo linguagem, temas e discussões dos problemas regionais.
É fato que a universalização do acesso à Internet é fundamental para proporcionar a conexão
de comunidades e escolas públicas, assim como a definição de grupos e redes virtuais colaborativas que possibilitarão discussão e disseminação de soluções de problemas locais.
Acredita-se que desta forma os programas de inclusão digital estarão colaborando com a
ampliação da cibercultura, forma libertadora e democrática de expressão, de busca de informação e de conhecimento, que vem possibilitando o surgimento de novas formas de pensar, trabalhar,interagir, ensinar, aprender e viver, para os milhões de seres humanos conectados ao ciberespaço.
A perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e de suporte de memória da humanidade, a partir do início do próximo século. Entendida como uma tecnologia da inteligência e como um elo que conecta os que pensam em e com a rede a Internet promove a criação de uma nova cultura para a
sociedade da informação.